Hélio Oiticica (1937/1980), carioca, foi pintor, escultor e performático brasileiro. É considerado um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente. Foi um dos fundadores do Grupo Neoconcreto, em 1959. Nesse mesmo ano, o artista marca o início da transição da tela para o espaço ambiental. Em 1960, cria os primeiros Núcleos, também denominados Manifestações Ambientais e Penetráveis, placas de madeira pintadas com cores quentes penduradas no teto por fios de nylon. Neles tanto o deslocamento do espectador quanto a movimentação das placas passam a integrar a experiência.
Nas artes plásticas, o concretismo surge como uma evolução do Abstracionismo e não como uma oposição a esse movimento. Depois da 1ª Bienal (1951), os concretistas brasileiros estavam concentrados em dois grupos: o Grupo do Rio de Janeiro (menos rígido quanto às formas geométricas) e o Grupo de São Paulo (mais rígido quanto aos princípios matemáticos da arte concreta e às possibilidades do movimento como efeito ótico de linhas e cores). A Pintura de Helio Oiticica, Metaesquema, 1958, (guache sobre papel), faz parte do Grupo do Rio de Janeiro.
Lygia Pimentel Lins (1920-1998), mineira, foi pintora e escultora. Em 1976, Lygia Clark inicia uma nova fase, estudando as possibilidades terapêuticas da arte sensorial com uma abordagem diferente para cada pessoa, usando os "Objetos Relacionais". A artista desenvolve, também, de 1967 a 1968, seus projetos para Proposições existenciais. Nesse período em que seu trabalho possui um caráter coletivo, ela agrega um novo elemento: um dos membros do grupo é escolhido para submeter-se à determinada ação dos demais, propiciada por objetos que a artista cria para este fim. São algumas destas propostas: “Baba Antropofágica”(1973).